J.B.ROMANI

Eu colho as pedras do caminho como se fossem uvas e bebo a poeira como se fosse vinho.

Textos

CLEMÊNCIA
Por clemência,
não amarre os meus pés,
não vês que quero continuar seguindo,
que nascí para andar nesta estrada
e serão os meus pés
que destruirão os espinhos.

Por clemência,
não prenda os meus braços,
não vês que querem ser livres,
que querem ajudar os fracos
e amparar os que estão caindo.

Por clemência,
não destrua os meus amigos,
não vês que preciso deles,
que me ajudarão a marcar o rumo,
e que transportarão comigo
as sementes da vida nova.

Por clemência,
não cale a minha voz,

por clemência,
não cegue os meus olhos,

não me mate.
J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 13/11/2008


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