PORTAS
São tantas as portas da vida,
e atrás delas são tantas as coisas que ficam escondidas. Há as portas da maternidade, onde ansiosa a mãe adentra e sai feliz com o filho nos braços. Há também as portas do palácio, onde o rei e a rainha gargalham, sentados na miséria do povo. As portas que se fecham no rosto, e onde sobre o desgosto o velho passa por novo. Miséria maior, as portas da cadeia, fecham-se hoje atrás do preso, abrem-se amanhã, e o réu sai livre e ileso. Abre porta, fecha porta, e vamos nós... até que a vida desvende o mistério. depois de abrirmos as várias portas do mundo, fecharemos atrás de nós, as portas do cemitério.
J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 14/11/2008
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