O ' SEU ZÉ ' bebia muito,
toda noite, todo dia,
cambaleava pelas ruas,
balançava, tropeçava, caía.

Bebia com os amigos
e quando estava sózinho,
na hora de ir prá casa
errava até o caminho.

Bebia no dia quente
e também na noite fria,
bebia se estava triste
ou se tinha alguma alegria.

Branquinha, pinga, cachaça,
o " SEU ZÉ " bebia e gostava,
não percebia que aos poucos,
a bebida o arruinava.

Hoje o " SEU ZÉ " não bebe mais,
num túmulo no cemitério,
deitado, inchado, calado,
o seu corpo desmancha em paz.