O ERRANTE
Estou aqui atravessando essa pátria,
mas ela não me pertence, eu venho de vários países e não sou de país algum. Venho vestido de trapos sujos e coloridos, na terra dos vivos, sou o morto que retorna. SOU LADRÃO, BRUXO, ADIVINHO, EU ANDO ATRAVÉS DO TEMPO, COLHENDO AS PEDRAS DO CAMINHO COMO SE FOSSEM UVAS, E BEBENDO A POEIRA COMO SE FOSSE VINHO. Sou o assassino mágico, que escapou da prisão de segurança máxima e ronda os fundos do seu quintal. Se cruzar o meu caminho, ignore-me, eu mesmo não sei se sou amigo, ou se tendo a oportunidade saqueio a sua dispensa e furo a sua garganta com o meu punhal. Eu sou um errante do mundo.
J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 15/11/2008
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