Das paisagens solenes, agrestes e medonhas,
dos vales profundos e dos montes inebriantes,
da grama verde, da brisa suave,
da mão generosa e do olhar errante.

Dos caminhos curtos e longos,
das muralhas e dos portões abertos,
do sorriso doce e da zombaria animal,
do pior assassino e do amigo leal.

Do rapaz que enterrou seus sonhos na guerra,
do desgraçado homem que sujou a nascente,
do barulho infernal do maquinário maldito,
do roubo, da trapaça do jogador mesquinho.

Das garras afiadas, das palavras gastas,
de todas as mentiras, das verdades ocultas,
do pão negado, da ociosidade,
dos covardes que viraram estátuas de heróis.

Das leis que não foram assinadas,
das soluções rejeitadas, dos mártires,
das moedas nojentas, dos culpados livres,
dos anjos, do bem, do mal, dos demônios,

...um dia vocês saberão,

...um dia vocês saberão,

...e eu não estarei mais entre vocês neste dia.