FARRAPO
Não há mais nada a fazer,
apenas continuar aqui sentado olhando o horizonte, a cada dia ele parece bem mais distante. Não é mais preciso chorar ou esperar, percebi que o choro é tolo e a espera é inútil, os olhos de além do horizonte não me enxergam. Só a morte me olha, sem pressa, meus lábios racharam e sangram, meus ossos furam a minha pele, e as moscas se alimentam nas minhas feridas. A tristeza maior, é o meu filho, esta aqui ao meu lado... morto... e esses ossos que eu chamava de braços, não tem forças para enterra-lo.
J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 15/11/2008
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