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UM DIA NA CIDADEZINHA amanhecia, os primeiros raios de sol passeavam pela avenida da cidadezinha. Pardais agitados, felizes, louvavam a existência com seus trinados. As pessoas de todos os dias começavam a aparecer, o barbeiro, o lojista e outros bem conhecidos no local. Mais um dia comum, cheio de sol, de céu azul, de trabalho duro no campo e de bocejos na pequena prefeitura. Os primeiros alunos já caminhavam na direção da escola. A calma e o sossêgo preenchiam lentamente os espaços e o povo transpirava bondade e solidariedade. O padre abriu a igreja e enxotou um vira-latas, sem se lembrar que o cão era uma criatura do Senhor. Um ônibus estacionou na pequena rodoviária e alguns passageiros desembarcaram, com alívio transpa- rente tomavam à direção de suas casas, eram rostos familiares. No meio dos recém-chegados, havia um homem que o padre não reconheceu. Generoso, hospitaleiro, o padre adiantou-se e cumprimentou o estranho. _ Bom dia! meu filho. _ Muito bom dia padre. Conversaram durante algum tempo e depois se despediram. Um bom homem, pensou o padre, e satisfeito voltou para a igreja. o desconhecido desceu a avenida, o estuprador acabava de chegar. J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 16/11/2008
Alterado em 11/12/2008 |