Se eu tivesse uma viola
eu mostrava prá essa gente,
os versos que fiz prá lua
numa noite diferente,
se eu tivesse uma viola
eu mostrava prá essa gente.

Se eu tivesse aqui comigo
uma viola afinada,
eu mostrava prá essa gente
nesta tarde ensolarada,
uns versinhos que escrevi
numa certa madrugada.

Se eu tivesse aqui agora
na minha mão a viola,
eu cantava prá essa gente
e não cobraria nada,
prá mostrar-lhes uns versinhos
que escrevi prá minha amada.

Mas, olhe minha gente amiga,
é cedo prá cantar prá lua,
falar da tarde serena
ou falar da madrugada,
também não tenho a viola...

e na verdade a minha amada,
com um outro foi embora.