Elegantemente trajado o mágico apareceu no palco, com palavras harmoniosas saudou o público presente e com muita classe deu abertura ao grande show. Como número inicial pediu a uma jovem na platéia que erguesse um de seus braços... No momento exato que ela fez isso, uma pomba branca apareceu pousada em sua mão. O povo aplaudiu muito. Foi realmente um bom número. De suas mãos saiam flores perfumadas, que voavam na direção do auditório, coelhos, gatinhos, surgiam do nada e corriam por entre o público e eram abraçados pelas crianças. Sem dúvida alguma, um grande mágico. Em certos momentos parecia flutuar sobre o palco e num piscar de olhos surgia onde ninguém esperava. Um show impressionante! Com uma folha de papel em sua mão ele disse: Meus amigos, nesta folha está a maldade do mundo, o ódio, a ambição, todos os pecados do homem, todas as nossas falhas estão aqui na minha mão. Dizendo isto o mágico jogou o papel para cima, um clarão no palco e a folha se queimava como se todo o fogo do inferno tivesse se concentrado naquele pequeno espaço, e ouvia se um gemido assombroso. Todos esperavam um número final ainda mais grandioso, e o mágico não os decepcionou. Em sua última demonstração de talento absoluto, o mágico enfiou a mão na cartola, tirou de dentro dela a paz e a distribuiu para o povo. J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 23/12/2008
Alterado em 23/12/2008 |