NÃO SEI O NOME DA RUA
Não sei o nome da rua, nem mesmo que vila é esta, mas que importa onde estou... se para mim as vilas e ruas são iguais. Me olham e pensam que eu não penso, que eu não me lembro... Mas, claro como a lua cheia as imagens dançam na minha mente. A vida pulsava forte, amigos, festas e sorrisos, a fortuna não parecia distante, e a fortuna que eu queria era tão pouca, pois para ser feliz basta ter o suficiente para dividir com alguém, e eu dividia o pão e o vinho, com estranhos, com vizinhos, e confiava em todos e os amava como irmãos. Era o verdadeiro amigo. o que houve? Não importa. Hoje vago sozinho nas ruas, hoje entendo de ruas estranhas e solidão, cada passo sem rumo vira o verso de um poema, ou notas de uma canção, que ninguém quer ouvir. São versos de um mendigo, canção de um homem perdido, que não sabe nem mesmo o nome da rua, só sabe que ruas, vilas e pessoas, são iguais. J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 02/06/2009
|