E SE EU ESTIVER ERRADO?
O vento fica me dizendo que devo partir, minhas raízes insistem que devo ficar, que o que tenho é importante, uma vida de poesia, e uma mulher para amar. O vento zomba; poesia, isso que você faz... Onde está o murmúrio da cachoeira, a chuva caindo nos ombros, a poeira, a flor solitária que nasce na ribanceira. Quando sopro suavemente uma flor, tenho muito mais inspiração que seus versos, eu sim sou livre, no campo, na mata, eu busco o encanto, longe ou perto. Se você não pegar a estrada, o atalho, não desvendará os segredos do mundo, é na fonte escondida que se encontra a receita do versejar profundo. Olho pela janela, chove forte lá fora, não há mais vento, foi-se embora, um cheiro bom de café vem da cozinha, e eu faço mais um poema de escrivaninha. J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 11/06/2009
Alterado em 11/06/2009 |