J.B.ROMANI

Eu colho as pedras do caminho como se fossem uvas e bebo a poeira como se fosse vinho.

Textos


NA VOZ DO VENTO



 
 
 
Em passos, em descompassos, eu vou,
sozinho fugindo da rinha
a estrada é minha,
só eu sei quem sou.
 

Poeira, cidade pequenina, aqui estou,
que importa de onde estou vindo,
amanhã estou indo
e não sei para onde eu vou.

 
Acordei, ouvindo a voz do vento
e o meu pensamento se alvoroçou,
nem bem o dia começou
pequei o rumo e aqui estou.

 
Eu busco o murmúrio da fonte,
a flor do campo e o beija-flor,
não sei se voltarei poeta
mas direi ao vento, eu fui sim senhor.

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CONTINUAÇÃO =

              EURÍPEDES BARBOSA RIBEIRO

Vou não sei prá onde,
se não sei onde se esconde
este meu eu que eu procuro,
no escuro /
de lugares que desconheço.

Hoje posso estar aqui,
amanhã não sei,
posso estar em qualquer lugar
onde exista a possibilidade
de me encontrar.

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Vento que vem do passado,
renova-se no presente e
corre para o futuro,
Um vento que leva a gente se a gente,
leve e solto, se dispuser e deixar.
Um vento bem diferente,
daqueles que esquenta no frio
inverno da vida,
Mas que de repente vira brisa do mar e
suaviza um coração pronto a voar.

Enviado por J C Cavalcante em 24/11/2009 





 
 
 
 
 
J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 14/06/2009
Alterado em 24/11/2009


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