A BARATA GIGANTE
No início da noite a chuva chegou, com raios relâmpagos e trovões, na porta da sala um barulho parecido com arranhões. Olhei pela janela para ver o que estava acontecendo, demorei a acreditar naquilo que estava vendo. Iluminada pelos relâmpagos que reluziam em suas asas, a maior barata que já vi, querendo entrar na minha casa. Ei! Que bagunça é essa? Você não tem o que fazer? E ela olhou prá minha cara como quem não quer saber. Pode cair fora, eu lhe disse, e ela deu uma gargalhada, eu vou entrar na sua casa, não quero ficar molhada. Isso é o que você pensa, respondi, é melhor voltar para o mato, ficar debaixo de uma árvore ou entrar em algum buraco. Mas ela gargalhou de novo como dona da situação, aí não me deixou escolha e eu parti para a reação. Passei a mão na vassoura, abri a porta da sala, e fiquei na frente do monstro, eu e a barata, cara a cara. E a briga foi terrível, vassourada prá todo lado, escorregamos, caímos, rolamos, no quintal todo molhado. Do tamanho de um elefante, com força descomunal, ela pulava batendo as asas e fazendo cara de mau. Raios e relâmpagos no céu, a chuva que desabava, eu pulava para os lados e a barata me atacava. Muita chuva e pancadaria, depois de muitas vassouradas a barata desistiu, não aguentava mais nada. Chorou pedindo desculpas e prometeu não mais voltar, falei prá ela... Se manda, tomei um banho e fui deitar . J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 21/03/2010
Alterado em 08/07/2016 |