FIM DE TARDE
Lá fora o Sol em fim de tarde ilumina as copas das arvores, quando fecho o portão do mundo ele não parece tão grande, os lamentos da miséria não atravessam os meus muros e as notícias do vento ficam nas curvas do caminho. Incapaz de salvar o mundo, cuido do meu espirito, enquanto minha alma descansa na sombra da minha calma. Alguns gritam pela resistência numa batalha entre demônios armados até os dentes, contra anjos feridos e decadentes... A difícil escolha... Morrer jovem como herói ou envelhecer na calçada, faminto e sujo... Perdi as cores da minha bandeira, troquei a guerra por versos e canções, mesmo sabendo que enquanto louvava a vida, o respeito e a bondade, no palácio os mercenários sem ninguém disposto a enfrenta-los saqueavam os recursos do reino. J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 20/07/2018
Alterado em 20/07/2018 |