J.B.ROMANI

Eu colho as pedras do caminho como se fossem uvas e bebo a poeira como se fosse vinho.

Textos


PRISIONEIROS  DO INVISÍVEL



O invisível chegou e claro ninguém viu.
Quando perceberam a sua invisível presença,
já era tarde.
Não era visível, mas era terrível.
Trazia consigo a morte.
 
Como acreditar no que não se vê?
As festas continuaram, os passeios continuaram,
a vida continuava.
O invisível veio com a morte e ela não liga
se acreditam ou não.
 
As despedidas ficaram sombrias,
covas abertas às pressas, o medo visível,
loucos arautos gritavam que eram boatos,
que vai passar, é só esperar...
Escondam-se!
Certamente tem algo no ar.
 
O invisível fechou igrejas, lojas, teatros,
mas a canção do dinheiro era ouvida,
a negação do caos também ecoava,
são pouco os mortos, muitos zombavam.
 
O invisível é estranho, poupa os jovens,
e os jovens não são os mesmos que amavam os velhos,
o desgoverno aliou-se ao invisível e veio o caos,
pobres e ricos se escondem amedrontados,
esperando que a medicina mostre resultados.
 
A medicina encara o invisível e luta com bravura,
já perdeu muitos guerreiros, mas não desiste,
uma batalha que o mundo não esperava,
A perda de pais, mães, esposas, filhos...
 
Um futuro certamente mais triste.










CUIDE - SE E CUIDE DOS OUTROS.
O PREÇO PAGO PELA ESTUPIDEZ É MUITO ALTO.
USE MÁSCARA DE PROTEÇÃO, VACINE - SE.


 
J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 13/03/2021
Alterado em 13/03/2021


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